The Boys - The Boys

Formado em 1976 o The Boys faz parte da primeira leva de bandas punk inglesas. Apesar dessa época ter sido marcada pelos Sex Pistols, The Boys nada tem a ver com a grande farsa que foi promovida por Malcom Mclaren, Sid Vicious e sua trupe.

O primeiro disco de 1977 com clássicos singelos como “First Time” e “Sick On You” ajudou a montar e dar vida à estética british punk. Hits maravilhosos que mesclam gene Vincent e Chuck Berry com Ramones, um dos pioneiros no pop punk cru e sujo.

Além da ótima e incontestável carreira do guitarrista John Plain e sua banda, um outro projeto com músicas mais pop e temáticas de natal e outras datas comemorativas era levado paralelamente, o Yobs. Outra maravilha que posto mais tarde por aqui.

Elvis Costello - Radio Radio

Acho que nem preciso dizer nada. Esse vídeo deve ser de 78 ou 79 no máximo.

Ramones tocando "Baby, I Love You" no Top Of The Pops em 1980

Em 1980 os Ramones lançavam seu sexto disco de estúdio, o clássico absoluto End Of The Century (o melhor de todos pra mim). Após cinco discos bem sucedidos e com a banda já sendo uma celebridade punk por vários lugares, os caras queriam mais, queriam o mundo. Para isso chamaram o famoso produtor de doo-wop dos anos 60, Phil Spector.

Os caras gravaram o disco da forma deles, seria mais um ótimo disco com hits absolutos se saísse daquela forma, mas para Phil ainda era pouco. O cara regravou o disco todo com músicos contratados de seu estúdio, com timbres e batidas pensados milimétricamente.O único ramone que participou do disco foi Joey colocando os vocais. Dee Dee confessou anos mais tarde nunca ter ficado sabendo quem gravou os baixos desse disco.

Uma das pérolas presentes nessa obra prima é um cover de "Baby, I Love You". Música de Phil Spector, que virou sucesso nos anos 60 nas vozes lindas das Ronettes.

The Stooges - Weirdness

Os patetas estão de volta. Dessa vez, só três deles, assim como no seriado de TV, e trazem consigo um baixista sem medo de sujar sua reputação.
O novo disco do Stooges, Weirdness, é bizarro, chegaria a ser engraçado se não fosse tão triste.
Por que? Por que alguém tem que se manchar assim? E logo a essa altura da vida?
Iggy Pop não é um Zé-ninguém, existem alguns altos e baixos na carreira solo, é verdade, mas mesmo assim uma figura notável e respeitável. Ainda mais à frente de uma banda como Stooges, que influenciou 9 entre 10 bandas de rock das que influenciaram todas as outras pela frente.
Nenhuma das 12 dolorosas músicas presentes nesse disco novo convence em absolutamente nenhum aspecto. Não lembram nem os timbres ou o brilhantismo de ”1969” ou “I Wanna Be Your Dog” do primeiro disco. Melodias pobres, quase infantis passam bem longe de pérolas como “Search and Destroy” ou “TV Eye”, e absolutamente nenhuma música tem toda a sujeira pop presente em “Lust For Life”.Enfim, acho melhor parar por aqui. Já estou ficando triste novamente, assim como na primeira vez em que ouvi esse disco.

Minutemen - Double Nickles On The Dime
Pt1 Pt2

1984: Alguns fatos interessantes estão acontecendo pelo mundo afora. Eu nasci, por exemplo; o computador Macintosh; o clássico Ghostbusters (Caça Fantasmas); Madonna lançava Like a Virgin; Michael Jackson alcançava um recorde com oito grammys para o disco Trhiller. Mas o que interessava mesmo era que alguns discos maravilhosos estavam sendo lançados. Discos como: My War do Black Flag, o maravilhoso Zen Arcade do Hüsker Dü e o Double Nickels On The Dime do Minutemen, entre outros clássicos absolutos.

Enquanto nos Estados Unidos, bandas transformavam e mutavam o punk cada uma ao seu jeito, o Minutemen ia além, ela criava seu punk, misturava folk, tranformava o punk em jazz, ou talvez ao contrário.

Nesse maravilhoso disco de 43 músicas, Mike Watt praticamente criava uma nova forma de tocar baixo, enquanto D. Boon cantava, berrava e falava, tudo ao mesmo tempo por entre riffs tortos e desafinados.

Sem dúvida, o melhor disco de toda a carreira do Minutemen, e mais, um dos melhores discos dos anos 80.